quinta-feira, 17 de novembro de 2011

† O macaco de pelúcia

Ela caminhava pela calçada alegremente, estava voltando da escola, o dia estava bonito, os pássaros cantavam, o vento soprava. Ela via os meninos jogando uma pelada no meio da rua, tudo como de costume. De repente, a bola caiu numa casa ao lado, parecia abandonada. Ela observava enquanto um dos meninos ia buscar a bola, ele saíra correndo, fora expulsado por uma velha ranzinza, todos correram, ela amedrontara à todos com seus cabelos brancos/grisalhos descuidados, ruins, destruídos, suas roupas não eram diferentes, dava pra ver do outro lado da rua, uma saia grande e rasgada nas pontas, uma blusa encardida e um charpe que cobria seus ombros. Segurando um pedaço de madeira, ela gritava e resmungava alguns dizeres, indizíveis. Olhava agora para a menina, o seu olhar lhe arrepiou, instintivamente ela correu com medo. A tarde passou e já em casa, a menina já se tranquilizara. O relógio batia 5 horas quando a campanhia tocou, ela correra pra atender, mas ao abrir a porta só o que viu foi o ranger de uma porta velha se fechando do outro lado da rua. Olhou para baixo e viu uma caixa com um cartão e um bonito laço, era um pedido de desculpas da humilde senhora do outro lado da rua, na caixa havia um bichinho de pelúcia, um lindo macaco peludo, com um leve sorriso, a menina agradecera em voz baixa àquela estranha mulher. Chegara a hora de dormir e a menina pusera o macaco na sua estante, servia de ótimo enfeite, junto com seus outro bixinhos. A luz se apagou, as horas se passaram, até que... a menina ouviu um leve sussurro, acordou desorientada, ligou a luz, não deu importância, não havia de ser nada. Tornou a desligar a luz e tentou dormir, quando ela ouviu de novo o sussurro e depois um grito, dessa vez mais alto, ligou a luz novamente - assustada - e viu que o macaco estava no chão, caído com uma faca do lado, ELA SE APAVOROU, SENTARA NA CAMA, TENTOU GRITAR, MAS AS PALAVRAS SUMIRAM DE SUA BOCA, NO SUSTO, ELA SE BATEU NO INTERRUPTOR QUE FICAVA AO LADO DA SUA CAMA, SEM LUZ, ELA SENTIU UMA DOR TERRÍVEL, O QUE A FEZ TOCAR NOVAMENTE NO INTERRUPTOR. GRITARA, GRITARA E MUITO. SUSTO, SANGUE E DOR. ELA OLHOU PARA O PRÓPRIO PÉ E VIU QUE SEU DEDÃO HAVIA SIDO DECEPADO, SEGUROU O PÉ COM AS DUAS MÃOS, CAIU NO CHÃO GRITANDO DE DOR, OLHOU AO REDOR, NÃO HAVIA MACACO ALGUM, apenas uma faca, sangue e um pedaço de dedo...

Um comentário:

  1. Que horror, derrepente a velhota escolheu ela como a sua vítima por tê-la encarado
    por alguns instantes.

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